A inteligência artificial generativa veio para ficar, e o fator em comum com a realidade é o impacto que esta funcionalidade tem tido em sociedade.  

Isto porque, a ferramenta usa do avanço da tecnologia para reforçar a execução de algumas funções do dia a dia de modo totalmente autônomo, ou seja, sem o uso de mãos humanas para seu funcionamento.  

Deste ponto de vista, é comum visualizar a presença da IA como um braço otimizador de trabalho profissional, ou para universitários e estudantes, por exemplo.  

Mas, veja bem, de que maneira exatamente isso começou a impactar estes movimentos e como explorar – ou excluí-los – do nosso dia a dia?  

Continue a leitura e se antecipe sobre o episódio #061 do podcast #DoTheMATH 

Introduzindo a IA generativa 

Enquanto a inteligência artificial é programada para a execução de tarefas específicas, a IA generativa trabalha com funcionalidades inovadoras. Isto é, sua arquitetura permite o cruzamento de dados, seguido da conexão com essas fontes e o resultado são as respostas das muitas perguntas que são feitas.  

As duas funcionalidades agem em comum, sendo um amplo campo da ciência da computação que se concentra no desenvolvimento de sistemas capazes de executar tarefas que normalmente requerem inteligência humana. Só que, nesse caso, sem de fato precisar de uma.  

No entanto, a IA generativa está focada na criação de conteúdo original, baseado em leituras de dados como músicas, estilo de pinturas de artistas, imagens e desenhos.  

Assim sendo, IA é um campo mais amplo que abrange todas as técnicas e aplicações da inteligência artificial, enquanto a IA generativa é uma subcategoria específica que se concentra na geração de conteúdo original baseado em modelos treinados. 

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 Mas, qual o tamanho dessa funcionalidade e como as mudanças que a IA promove em sociedade vem impactando o todo?  

Segundo André Boger, CEO na MATH, sua grandeza vem da revolução industrial, bem como a eletricidade, a roda e a internet, que também são grandes revoluções e deram passagem para momentos mais expansivos como a realidade da IA hoje. 

Porém, ainda segundo Boger, a velocidade foi a amiga íntima para isso tudo. Até mesmo porque, a rapidez das mudanças aconteceu em cerca de 15 anos e está, desde então, imbatível.  

Para André Luft, filósofo, pesquisador, professor universitário e convidado do episódio 061 do podcast DoTheMATH, existem duas realidades. Essa, citada por Boger, quanto a aceleração, reconhecida como aceleracionismo, em que é discutida a uma abordagem que vê a IA e o avanço tecnológico como meios para impulsionar mudanças sociais e políticas profundas. Mas que, também, busca explorar as possibilidades emancipatórias e disruptivas da IA.  

E em segundo lugar, uma visão de dimensão existencial, que é um pouco diferente das outras. Mas que, segundo ele, é basicamente o fato de que estivesse agora construindo a ideia de pseudo-pessoas. Isto é, que estão sendo enganados a ponto de não saber se algo foi construído por um humano, e que os textos serão daqui pra frente sem um ator.  

“Daniel Dennett, um filósofo de ponta que é muito filósofo da ciência, filósofo da biologia, publicou ontem um artigo dizendo que todas as inteligências artificiais que simulam pessoas, ou seja, o que eu estou chamando de pessoas fakes, de pessoas, deveriam ser imediatamente proibidas sob pena gravíssimas”, complementa o também filósofo. 

Para mais conteúdos aprofundados, de autoria de Eduardo Luft, siga-o clicando aqui. 

O impacto direto das relações humanas e por inteligência artificial 

Que a inteligência artificial parte de um mecanismo científico, já sabemos. No entanto, como a filosofia impacta diretamente essa função?  

Sua relação, além de complexa e multifacetada, levanta questões profundas do ponto de vista filosófico, como é o caso do que o Eduardo Luft traz no episódio 61 do podcast 

Sua principal preocupação é basicamente o fato do uso de fakes ou, por exemplo, a maneira que ele vai atuar no mercado de trabalho, uma vez que desde a faculdade o universitário cria um trabalho através do Chat GPT.  

O resultado são pessoas e profissionais preguiçosos, além de um QI baixo de forma precoce, já que possui tudo ao seu alcance e os encontros são mais fáceis.  

Ao que rege a filosofia, existe o cientista da natureza, a qual nossa cultura é toda alicerçada e chamada de fisicalismo, que significa que a natureza é a afirmação do Galileu, um livro aberto escrito em linguagem matemática. Mas, como descrever o que é um sujeito e uma pessoa com linguagem matemática? 

Para Eduardo, não existe isso na física, e então, criou-se o dualismo, com a ciência natural e a humana, que por trás da IA, traz o auge do fisicalismo com o fato de que pessoas podem, de fato, ser modeladas por robôs...ocorrendo então uma despersonalização no mundo, com o sujeito perdendo sua importância.  

Porém, não é o chat GPT que vai modelar inteiramente. Muito pelo contrário, para Eduardo, a ferramenta é impressionante e segue sendo um modelo importante em sua opinião.  

Para o filósofo, inclusive, o chat Bing foi surpreendente em questão de dinâmica e conversa que cria com seus usuários. Para complementar essa opinião, separou em um thread do twitter uma discussão direta com o GPT sobre Platão, que você encontra  clicacessando este link. 

O futuro da IA  

Ainda para Eduardo Luft, o impacto sobre o trabalho vai ser monumental! Ou então, será possível que um robô faça nosso trabalho, mas que nossos artifícios como simpatia e carisma não poderão ser roubados a este nível.  

Por ora, a ideia inicial é o uso do chat GPT, por exemplo, como maneira de otimizar seu trabalho e melhorar sua empresa.  

No geral, para Luft, isso será uma disrupção completa, com adaptações. Sem contar que, com o avanço tecnológico, ocorre uma diversificação dos trabalhos, sendo muito provável que nesse novo nível que a inteligência social vai nos levar, surja uma diversidade muito maior de serviços.  

Para ampliar essa opinião, foi utilizado o chat GPT para explorar o tema, e a resposta foi nada mais nada menos que:  

  1. Automação, tendo em vista sua expertise para leitura de dados; 
  2. Avanços na medicina e saúde, impulsionando avanços significativos na área; 
  3. Assistentes virtuais e interfaces inteligentes, com informações personalizadas e, novamente, automações; 
  4. Ética e privacidade, com os updates de coleta de dados; 
  5. Tomadas de decisão e transparência; 
  6. Impacto social e desigualdades, ampliando desigualdades já existentes. 

No último episódio do podcast DoTheMATH, divulgado nas principais plataformas de streaming de áudio, aprofundamos este tema na presença de Eduardo Luft, André Boger, Marcel Ghiraldini e Cássio Politi 

Para escutar e se aprofundar sobre a temática, acesse abaixo.