DoTheMATH Blog

AI at the Core: o banco resiliente e inteligente

Escrito por Time MATH | 04/11/2025 20:06:38

No Money20/20, o painel “AI at the Core: Building the Resilient, Intelligent Bank” cravou uma mudança estrutural: a IA sai do perímetro e passa a morar no núcleo da operação bancária. Joe Bonanno (Citi) e Brian Katlack (Huntington National Bank) foram uníssonos: a vantagem competitiva nasce de uma arquitetura agentic em nuvem, com IA permeando engenharia, risco, compliance, atendimento e produto. E, acima da tecnologia, está o fator humano: curiosidade, treinamento prático e liderança que aceita experimentar — porque compliance e risco deixaram de ser barreiras e se tornaram funções de criação de valor.

  • Core first: IA projetada desde o design dos sistemas gera eficiência, resiliência e velocidade.

  • Cloud + agentes: orquestração agentic acelera desenvolvimento, monitoramento e CX — com escala real.

  • Cultura > código: upskilling e ritos de aprendizado ditam o ritmo de adoção.

  • Compliance como valor: legal/risco entram no início e encurtam o caminho até produção.

  • Novo padrão: co-pilotos e agentes complexos para clientes e colaboradores.

1) IA no núcleo, não na borda

Antes: features isoladas de IA plugadas ao final do ciclo.
Agora: AI-first operations — modelos, regras e agentes embutidos no desenho de serviços (pagamentos, crédito, prevenção a fraudes, collections).
Efeito: menos retrabalho, menos incidentes, menos latência entre insight e ação.

Aplicar já

  • Redesenhar arquiteturas de domínio com componentes de IA como serviços de primeira classe (feature store, policy engine, explainability, auditoria).

  • Definir SLOs por caso (acurácia, latência, cobertura, custo por decisão).

2) Cloud + Agentic Infrastructure = velocidade e escala

Agentes coordenam tarefas: geração de código seguro, testes, observabilidade, KYT em tempo real, auto-hold/step-up e handoff humano.
Benefício: entrega contínua, resposta a eventos de mercado e custos previsíveis.

Aplicar já

  • Orquestrar múltiplos agentes cooperativos (engenharia, risco, CX) com guardrails executáveis.

  • Instrumentar observabilidade multiagente (drift, alucinações, policy hits, SLA de decisão).

3) Cultura e upskilling: o divisor real

Segundo o Huntington, a barreira é humana. Times precisam mexer, errar pequeno e aprender rápido.
O que funciona: labs internos, pareamento com especialistas, trilhas por função (engenheira, product, risco, jurídico, dados).

Aplicar já

  • Programas hands-on com casos reais; guildas de IA por capítulo; rituais quinzenais de error analysis.

  • KPIs de adoção: uso ativo, tempo economizado, erros evitados, NPS interno.

4) Compliance como diferencial competitivo

Compliance by design: jurídico/risco entram no início para definir políticas em código, testes de adequação e trilhas de auditoria por decisão.
Resultado: produção mais rápida e menor atrito regulatório.

Aplicar já

  • KYA + KYC (quem é o cliente e quem é o agente que age em nome dele), policy-as-code, relatórios prontos para auditor.

  • Explainability por decisão (porquês, evidências, lineage).

5) Co-pilotos e agentes complexos como padrão

Para cliente: recomendações financeiras, renegociação e execução contextual.
Para colaborador: copilotos que leem, extraem, reconciliam e sugerem a próxima ação — com human-in-the-loop.

Aplicar já

  • Priorizar 3–5 casos de precisão aplicada (ex.: extração regulatória, reconciliar posições, pós-atendimento).

  • Medir TAT, custo por tarefa, qualidade de evidência e impacto em risco.

Como este conteúdo se conecta

🎧 DoTheMATH (podcast)