Nos últimos anos, a pergunta “O SEO morreu?” tem sido uma constante nas conversas da indústria. Desde que a Inteligência Artificial Generativa e novas tecnologias de busca começaram a dominar o mercado, muitos profissionais se questionaram sobre o futuro da funcionalidade.
Segundo Priscila Dantas, Tech Lead de SEO da MATH, “o SEO continua a evoluir e, mais do que nunca, é uma peça-chave para o sucesso digital”. Para 2025, a expectativa é que ele se transforme ainda mais, adotando estratégias centradas em personalização, experiência do usuário e integração com IA generativa para responder às mudanças no comportamento de busca e manter a relevância nas SERPs.
Continue a leitura e descubra o que esperar para os próximos meses.
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As transmutações do SEO
Desde 2016, o SEO passou por uma série de evoluções significativas, especialmente no Brasil, onde a prática se consolidou com maior força. Com o avanço acelerado das tecnologias digitais e a popularização da Inteligência Artificial, muitos especialistas começaram a questionar a longevidade dessa estratégia. Esse receio foi impulsionado pela evolução dos motores de busca, o surgimento de plataformas como o TikTok e o YouTube Shorts, e o aumento da relevância de buscas gerativas, como as oferecidas por ferramentas de IA.
Porém, ainda de acordo com Priscila Dantas, a extinção do SEO não está nem perto de acontecer. “Não tem como ele parar ou morrer. Ele é uma das maiores vertentes, tanto do tráfego pago quanto do orgânico, para o mercado crescer”, destaca.
Esse cenário é confirmado por um estudo da BrightEdge, que revelou que cerca de 53% do tráfego de sites ainda provém de buscas orgânicas, enquanto o tráfego pago representa cerca de 15%. É nítido que o SEO continua sendo crucial para empresas que desejam conquistar visibilidade sustentável e relevante.
Além disso, essa não é apenas uma técnica de otimização de conteúdo, mas um processo dinâmico que evolui com o comportamento dos usuários. Hoje, adaptar-se às mudanças é mais importante do que nunca, com estratégias focadas em conteúdo útil, experiência do usuário e a integração com IA para entender e atender às intenções de busca de forma precisa.
A influência da Inteligência Artificial e do Gemini nas SERPs
Graças ao avanço da IA, novas abordagens de otimização precisaram ser adotadas. Priscila explica que a chegada de ferramentas como o ChatGPT e o lançamento do Gemini impactaram diretamente as SERPs (Search Engine Results Pages).
Com o advento das redes sociais e da inteligência artificial, a paciência para ler textos longos diminuiu drasticamente. As novas gerações, como Alfa e Beta, têm buscado respostas rápidas e objetivas, deixando de lado conteúdos extensos. Como citado anteriormente, as plataformas como TikTok e YouTube popularizaram esse comportamento, e ferramentas como o GEMINI se adaptaram à demanda por interações mais imediatas e naturais.
Desde novembro de 2022, quando a OpenAI lançou o GPT, o Google observou uma redução nas pesquisas realizadas na SERP. Em resposta, o GEMINI foi lançado no Brasil em 30 de abril de 2024, oferecendo resultados personalizados, concisos e integrados. Agora, os usuários podem utilizar comandos de texto, voz ou imagens diretamente de seus smartphones para obter respostas rápidas e precisas.
As extensões do GEMINI também otimizam o tempo ao reunir informações de diferentes aplicativos do Google, como Gmail, Google Voos e YouTube, permitindo ações complexas, como o planejamento de viagens e reuniões, em uma única interação.
Essa mudança comportamental representa um desafio para o SEO tradicional, mas também abre novas oportunidades. Criar conteúdo relevante e conciso, que respondam de forma clara e direta às perguntas dos usuários, pode atrair acessos qualificados por meio dos links de referência gerados pela IA do Google, ajudando a converter essas visitas em resultados concretos e otimizando estratégias digitais.
Um estudo realizado pela MATH mostra que a SGE (Search Generative Experience) iniciou um Rollout nos EUA em 14 de maio de 2024. Após essa data foi iniciada análises no exterior, sobre como seria o comportamento dos conteúdos.
Na pesquisa, vemos que 80% das buscas agora aparecem com a SGE. Desses resultados, em média, 66% possuem o botão fechado com referências, enquanto 22% são de configuração padrão (aberto com referência). A média de referências apresentadas varia entre 3 e 5, com apenas 5% dos resultados não possuindo referências.
É interessante ressaltar que 51% disso são provenientes de blogs que não estão no top 10 da SERP. Em 27% dos casos, nenhum anúncio acompanha a SGE, enquanto em 73% dos casos, o ADS está presente. Até o momento, não foi possível observar um impacto significativo em mídia, considerando que eles ainda geram 57% da receita do Google.
A partir disso, Priscila afirma que é crucial entender como a IA entrega conteúdo para os usuários e como ela impacta a lógica de busca.
Isso significa que, para gerar tráfego assertivo, o conteúdo precisa ser altamente relevante e útil para o usuário. A IA já não busca apenas entregar uma lista extensa de opções, mas sim o conteúdo que melhor atende à intenção de busca do usuário.
Como será o SEO em 2025
A chave para o SEO atual está em gerar o novo inbound marketing, por se transformar em algo mais personalizado e focado na experiência do cliente, integrando Inteligência Artificial e diversas ferramentas. O SEO em 2025 foca na criação de conteúdo de alta qualidade, otimizado para diferentes tipos de buscas, atraindo um público mais engajado.
Agora, ao pensar em resultados rápidos e eficazes para o SEO, o mundo ideal é a aposta em dados! Para analisar as ferramentas e entender o que seu cliente busca, é necessário direcionar os esforços para onde realmente importam, otimizando seus investimentos e alcançando o topo dos resultados de busca.
Algumas das principais ferramentas de SEO são:
- Google Search Console: Impressões, cliques, taxa de cliques, posição média, palavras-chave, links, etc;
- Google Analytics: Tráfego do site, comportamento dos usuários, conversões, etc;
- Semrush, Ahrefs, Moz: Análise da concorrência, pesquisa de palavras-chave, backlink analysis, etc.
Agora, é possível perceber como é essencial para os negócios, ou até mesmo para alcançar resultados positivos, investir em tráfego orgânico e pago. As decisões devem ser baseadas em aumentar a autoridade da página, melhorar as palavras-chave no orgânico e reduzir o CPC em ADS, garantindo que a estratégia seja assertiva e alcance o público-alvo constantemente.
Para isso, é importante analisar exemplos dessas ações baseadas em dados, tais quais:
- Criação de conteúdo
Produzir conteúdos relevantes e alinhados às palavras-chave que geram maior tráfego e conversões. Priorize temas que atendam às necessidades do público-alvo, com base em dados coletados de pesquisas.
- Otimização de páginas
Melhore a estrutura das páginas do site, garantindo uma navegação intuitiva. Otimize o conteúdo, os meta tags e o SEO técnico das páginas mais importantes para obter melhores resultados nos motores de busca após a análise detalhada sobre o comportamento do usuário no site, blog ou e-commerce de dados coletados nas ferramentas citadas. - Construção de links
Adquira backlinks de alta qualidade, focando em sites confiáveis e relevantes para o seu nicho de atuação. Invista em parcerias estratégicas para aumentar a autoridade do domínio. - Aprimoramento da experiência do usuário (UX)
Torne o site mais rápido, reduzindo o tempo de carregamento das páginas. Garanta uma navegação intuitiva e uma interface amigável para dispositivos móveis. Analise o comportamento do usuário para identificar melhorias necessárias no design e na usabilidade.
Com o uso da IA, como chatbots que atendem clientes em tempo real, a experiência do usuário é aprimorada. Isso resulta em uma taxa de conversão mais elevada nos sites e contribui para um melhor posicionamento nos resultados de busca. O Google utiliza sua própria IA, a GEMINI, que gera respostas atuais e quase em tempo real, gerando leads qualificados que se convertem de forma muito mais assertiva com a ajuda do SGE (Search Generative Experience).
O SEO não se resume apenas a palavras-chave, backlinks ou mesmo práticas de black hat. Afinal, o Googlebot está cada vez mais criterioso na hora de posicionar bem os conteúdos. O foco está em entregar informações relevantes, que resolvam as dúvidas do usuário de forma clara e objetiva.
Em 2025, o SEO será ainda mais focado em dados e conversão
Segundo Priscila, o foco não está mais apenas em palavras-chave, mas em entregar uma experiência de conteúdo que resolva as dúvidas do público de forma clara e objetiva e que se adapte às múltiplas plataformas.
“O SEO não se limita ao Google. Temos SEO no TikTok, no YouTube, e agora até no WhatsApp. Por que ele iria acabar? Precisamos entender as diferentes visões de SEO e como elas impactam as plataformas”, afirma.
Vale destacar que, além de impulsionar vendas, o SEO desempenha um papel crucial na atração de novos clientes e na construção de um relacionamento mais próximo com o público, ampliando o reconhecimento da marca por meio de conteúdos estratégicos em sites e redes sociais.
Ao se preparar para as novas tecnologias e mudanças nos motores de busca, as empresas podem continuar a aproveitar o SEO como uma das principais estratégias de crescimento digital. “Se continuarmos seguindo as fórmulas antigas de SEO, como fazíamos em 2011, seremos provavelmente penalizados e não estaremos preparados para o público de 2025”, alerta Priscila.
No episódio #139 do podcast DoTheMATH, disponível nas principais plataformas de streaming, aprofundamos esse tema com Priscila Dantas, Tech Lead SEO da MATH.
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Tags:
Marketing e Data Science
Fevereiro 6, 2025