Você está em 2025. Um congressista sobe ao palco do Money20/20 com uma mensagem que o mercado esperava há anos: “O Congresso fez sua parte. Agora, é hora de o governo sair do caminho e deixar a inovação acontecer.” O nome dele é Mike Flood — e suas propostas podem destravar a próxima década de open banking, ativos digitais, stablecoins e IA nos EUA.

Painel
View from Congress — The Future of Financial Innovation
Participantes: Mike Flood (U.S. House of Representatives)
Moderação: Penny Lee (President & CEO, Financial Technology Association)

  • Genius Act: primeiro grande marco bipartidário para ativos digitais e stablecoins; mercado reage abrindo novas frentes de produto.

  • Clarity Act (proposto): define fronteiras regulatórias (commodity vs. security, limites da SEC) para dar previsibilidade.

  • Open banking: disputa por dados entre incumbentes e fintechs; fluxo de caixa consentido como padrão de inclusão.

  • IA e regulação: “laboratórios estaduais” no curto prazo; padronização federal no horizonte.

  • Fraude e deepfakes: perdas relevantes exigem cooperação entre bancos comunitários, regionais e G-SIBs + medidas federais.

  • Pagamentos e competitividade: remessas mais baratas, dólar fortalecido e rastreabilidade contra crimes financeiros.


Por que isso importa (para quem constrói produto e governa risco)

A briga não é só ideológica entre “inovar” e “regular”. É arquitetural. A lei define quem pode acessar dados, como a identidade é provada, o que é dinheiro digital e como auditar decisões de IA. Para bancos, fintechs e processors, isso impacta time-to-market, custo regulatório, retorno por cliente e risco operacional.

“Regulação inteligente não sufoca. Ela remove atrito e dá previsibilidade.” — síntese do palco


O que o Congresso está sinalizando (e como isso muda seu roadmap)

1) Genius Act: o gatilho

Aprovado com apoio bipartidário (Republicanos + ~100 Democratas), cria normas nacionais para stablecoins e dá contorno jurídico a ativos digitais. Na prática: menos incerteza para custódia, emissão, pagamentos e on/off-ramp regulados.

O que fazer agora

  • Mapear produtos que ganham viabilidade (pagamentos com stablecoin, tesouraria, câmbio/remoções, cashback tokenizado).

  • Atualizar matriz de risco/compliance (KYC/KYB/KYT, sanções, prova de reservas, segregação).

2) Clarity Act: a rede para “o celular cheio de recursos”

Flood comparou: o Genius é um “celular completo sem rede”. O Clarity Act seria a rede — definindo commodity vs. security, limites da SEC e governança federal. Sem isso, a segurança jurídica fica incompleta.

O que fazer agora

  • Preparar arquitetura “agnóstica” (tokens como abstrações, camadas de compliance plugáveis).

  • Avaliar exposição de produto a cenários de classificação (security/commodity) e preparar planos A/B.

3) Open banking: dados como infraestrutura de competição

Disputa por acesso aos dados do cliente. Flood aposta que inovação vence: cash-flow underwriting inclui thin-file e PMEs melhor que o bureau tradicional.

O que fazer agora

  • Integrar dados consentidos (Open Finance) e scores transacionais; medir lift de aprovação e queda de NPL.

  • Implementar Consent Governance (escopo, duração, revogação 1-clique, trilha de auditoria).

4) Stablecoins: de ameaça a alavanca sistêmica

Para bancos comunitários e regionais, stablecoins viram vantagem competitiva (retenção + novos serviços), não ameaça. Parcerias banco–fintech aceleram entrada com segurança e escala.

O que fazer agora

  • Rodar pilotos tokenizados na cadeia de valor (fornecedores, remessas, instant settlement).

  • Operacionalizar KYT em tempo real (listas dinâmicas, heurísticas cross-chain, case management).

5) IA: laboratório agora, padrão depois

Estados como sandboxes regulatórios; padrão federal no horizonte para evitar “50 leis diferentes”. Isso vale para explainability, auditoria, segurança de modelo e profissionalização de agentes.

O que fazer agora

  • Catálogo de modelos/versões, feature store, monitoramento de drift e explainability por decisão (SHAP/LIME).

  • Definir papéis/salvaguardas (human-in-the-loop, override, logs).

6) Fraude e deepfakes: cooperação como política pública

Casos reais: perdas de dezenas de milhões num único banco regional. Flood apoia projeto bipartidário para mapear riscos e coordenar resposta federal a deepfakes e fraudes avançadas.

O que fazer agora

  • Correlacionar identidade+dispositivo+voz/imagem (banco + telco) com IA antifraude.

  • Estabelecer SLA “alerta → bloqueio → reporte” e playbooks (auto-hold, step-up, rerota).

7) Pagamentos e dólar como ativo geopolítico

Fintechs e blockchain reduzem custos de remessa (até 17% antes), e o Genius reforça o papel do dólar (inclusive na África), com melhor rastreabilidade contra crimes financeiros.

O que fazer agora

  • Medir unit economics antes/depois de tokenizar trechos do settlement.

  • Preparar relatórios de compliance para enforcement multinacional.


Conexões MATH — aprofunde a discussão


MATH AI Platform

Construa com segurança. Escale com governança.
A MATH AI Platform orquestra dados, modelos de risco e agentes de decisão em um único fluxo. 

Agende um diagnóstico de 30 minutos para mapear impacto regulatório, ROI de tokenização e governança de IA no seu ambiente.

Tags:
Time MATH
Post by Time MATH
Outubro 31, 2025
Método científico aplicado em Mídia, CRM, Marketing e Tecnologia.