Se você acha que ética é um checklist de compliance terceirizado para Big Tech, chegou a hora de puxar o freio de emergência.
“Ética” vem de éthos – modo de ser. Para Platão, a alma governada pela razão prática, justiça e busca do bem supremo. Já para Aristóteles, a virtude nasce do hábito e leva à eudaimonia (realização plena).
O ponto em comum? Autogoverno: decisões são nossas, não de oráculos externos. Esse DNA grego ainda dita o jogo em 2025 – inclusive quando o “oráculo” atende por API.
BIGTECH |
Princípios declarados |
O que desperta nosso alerta |
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7 princípios – ser socialmente benéfico, evitar viés, segurança, accountability, privacidade, excelência científica, usos responsáveis. |
Em 2025 a empresa afrouxou a proibição explícita para armas e vigilância, trocando vetos por “supervisão humana” (WIRED). |
OpenAI |
Carta de compromisso: “benefício amplo da humanidade”, “pit-stop se os riscos crescerem”, “governança sem corrida armamentista” (OpenAI). |
Reestruturação para Public Benefit Corporation reacendeu dúvidas sobre conflitos entre lucro e missão (San Francisco Chronicle). |
Tradução livre: ambos falam bonito, mas o controle final continua no mesmo endereço fiscal.
A ética profissional nunca foi sobre seguir regras alheias – é sobre assumir a autoria das consequências. Platão diria para deixar a razão no volante; Aristóteles lembraria que a virtude é prática diária. Em 2025, isso significa desconfiar do piloto automático das Big Techs e construir seu próprio GPS moral.
Próximo passo? Se você quer ajuda para transformar princípios em código-fonte de negócio, fale com a MATH.
Porque quem terceiriza a consciência… terceiriza também o futuro.