No Money20/20, o painel “The Future of Open Banking — Defending Competition, Choice, and Innovation” marcou um ponto de virada: Open Banking deixou de ser “conector técnico” e virou infraestrutura de competição. Para a MATH, que atua em eficiência e visão estratégica com dados e IA, a mensagem é direta: abertura com segurança + interoperabilidade real + IA aplicada aceleram inclusão, personalização e ROI — sem perder governança.

Participantes do painel:

  • Mike Reust, President, Betterment

  • Penny Lee, President & CEO, Financial Technology Association — moderadora

A Betterment nasceu para democratizar investimentos e hoje atende +1 milhão de clientes com tecnologia para carteiras e aconselhamento digital. O painel mediado por Penny Lee tratou de como Open Banking + IA remodelam o setor em um cenário de disputa entre bancos tradicionais e fintechs — com dados do consumidor no centro da experiência, sob consentimento e governança.

  • Open Banking reduz barreiras, amplia competição e habilita recomendação personalizada com IA.

  • Abertura com propósito e segurança é pilar estratégico; “custos tecnológicos” não justificam travas de acesso.

  • IA é motor do aconselhamento financeiro de próxima geração — para ampliar, não substituir, humanos.

  • Regulação baseada em princípios deve punir práticas anticompetitivas (como fricções artificiais em integrações).

  • Compliance + IA exigem auditoria contínua e rastreabilidade de decisões (caixa-preta não escala com responsabilidade).

  • Futuro híbrido: expertise humana + automação inteligente para democratizar o padrão CFP em escala.


Principais insights e implicações práticas

1) Open Banking é o divisor de águas da competição

  • Sai o fluxo lento (microdepósitos, dias de espera); entram conexões seguras em tempo real.

  • Contexto financeiro completo = recomendações mais precisas e jornadas sem atrito.

  • Travamento via custo não se sustenta: APIs modernas têm TCO comparável a serviços essenciais e eliminam screen scraping.

O que fazer agora

  • Mapear integrações por prioridade de impacto (score de receita/risco/UX).

  • Migrar para APIs padronizadas (OAuth2/OIDC, consent management) e telemetria de latência/erros.

  • Criar SLA de dados com parceiros (atualização, qualidade, disponibilidade).


2) Regulação que incentiva inovação 

  • Regular para garantir acesso justo e punir fricções anticompetitivas (ex.: tokens OAuth que expiram toda semana “por segurança” mas, na prática, quebram integrações).

  • Segurança e escolha do consumidor não competemcoexistem quando há padrões claros.

O que fazer agora

  • Definir política de interoperabilidade (interno/externo) alinhada a princípios: mínimo privilégio, consentimento explícito, auditabilidade.

  • Habilitar reporting regulatório automatizado (logs, trilhas, evidências por evento de consentimento).


3) IA como pilar da nova geração de investimentos

  • ML + otimização casam com construção/balanceamento de portfólios.

  • O desafio não está nos primeiros 80%, mas nos últimos 20%: personalização contextual e entendimento humano.

  • A engenharia deve experimentar com propósito (novas features, sinais de vida financeira, metas e trade-offs).

O que fazer agora

  • Evoluir de regra estática para recomendação contextual (renda, objetivo, risco, eventos de vida).

  • Medir uplift de personalização (A/B por persona/meta) e explainability (camadas SHAP/LIME ou similares).


4) Compliance + IA: responsabilidade antes de escala

  • Recomendação precisa ser adequada ao perfil e alocação do cliente.

  • Modelos operam como caixas-pretas; é preciso rastreabilidade, observabilidade e trilha de decisão.

O que fazer agora

  • Implementar governança de modelos (catálogo, versão, feature store, monitoring de drift/alucinação).

  • Criar controles pré-/pós-recomendação (suitability checks, override humano, justificativas armazenadas).

  • Estabelecer aprovadores e auditoria contínua (risk/compliance) com SLA de resposta.


5) O futuro do aconselhamento é híbrido

  • IA não substitui consultores; amplia sua capacidade de atender com qualidade padrão CFP em escala.

  • Resultado: democratização do aconselhamento premium com custos controlados e maior cobertura.

O que fazer agora

  • Assistentes de aconselhamento (IA) para pré-análise e pré-recomendação, com handoff claro para humanos.

  • Jornadas híbridas: chatbot/voz para triagem, consultor para decisões de maior materialidade.

  • Métricas de valor: NPS por complexidade do caso, aderência à meta, custo por recomendação.


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Post by Time MATH
Outubro 31, 2025
Método científico aplicado em Mídia, CRM, Marketing e Tecnologia.